sexta-feira, 9 de julho de 2010


CUT-DF intermedia negociação entre governo local e guardas municipais de Planaltina/GO

Para reivindicar a volta do pagamento de 100% das horas-extras e do adicional insalubridade, os guardas civis municipais de Planaltina de Goiás realizaram nessa quinta-feira (8) uma carreata pelas ruas do município. Com a intervenção da CUT-DF, o Sindiplag – sindicato que representa os servidores públicos locais – garantiu uma reunião com o prefeito José Olinto Neto. A categoria continua em greve até que, no mínimo, seja montada uma agenda positiva.

Durante a trajetória, os manifestantes pediam o apoio de toda a população e falavam no carro de som do preocupante cenário de Planaltina/GO: precarização das relações trabalhistas, tentativa de boicote a entidades sindicais e o não cumprimento de direitos trabalhistas foram alguns dos pontos citados na carreata.

Já em frente a prefeitura, os manifestantes deixaram os carros e, ao invés de buzinas, gritavam palavras de ordem para que o prefeito atendesse a pauta de reivindicação da categoria. “Senhor prefeito, o senhor é uma pessoa pública e o que a gente vê é que o senhor deixa os servidores sem salários, a população sem atendimento. O que está acontecendo com a verba pública”, questionou o presidente do Sindiplag, Jurandir Rodrigues Rosa.

Após algumas falações, o presidente da CUT-DF, José Eudes, e representantes do Sindiplag foram até o gabinete do prefeito. José Olinto Neto não estava e, com isso, o grupo foi atendido pelo secretário de gabinete, José Carlos Sousa. No meio da conversa, o procurador do município, Benedito Castro da Rocha, por acaso apareceu e fez algumas colocações indicando que a prefeitura não estava errada. Rocha afirmou que o Sindicato não quis atender ao pedido do prazo de 15 dias, feito pelo ministro, para que começassem as negociações.

O Sindiplag rebateu. De acordo com o coordenador do Sindicato, Rubens Alves da Silva, no ano passado a categoria deu o prazo para o prefeito, formou uma mesa de negociação, fechou acordos importantes, mas José Olinto Neto não cumpriu a promessa. Com isso, o medo de novamente não poder oferecer algo concreto para a categoria impulsionou a deflagração do movimento paredista.

“Não adianta cada um puxar de um lado da corda”, alertou Eudes. Para o presidente da CUT-DF, o melhor caminho é o acordo entre as partes com “uma proposta que dê segurança à categoria”. O sindicalista sugeriu que fosse marcada uma reunião entre o prefeito, a CUT-DF e o Sindiplag e que, no encontro, já fossem agendadas datas e para o cumprimento da pauta de reivindicação da categoria, “questão resolvida a médio e longo prazo”.
                                                                                 SINDIPLAG
Tanto o secretário de gabinete como o procurador de Planaltina/GO concordaram com a proposta e ficaram de agendar, o mais rápido possível, o encontro com o prefeito.

Vanessa Galassi, da CUT-DF

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